KRSNA DERROTA O DEMÔNIO BAKASURA


Quando Krsna e Balarama, ainda pequenos, e os vaqueirinhos de Vraja, cada um deles pegando seu próprio grupo de bezerros, levavam os animais para beber água em um reservatório. Depois que os bezerros beberam água, os meninos também beberam. Bem próximo ao reservatório, os meninos viram um corpo gigantesco, parecido com um pico de montanha partido e golpeado por um raio. Eles ficaram com medo só de ver esse enorme ser vivo.


Aquele enorme raksasa chamava-se Bakasura. Ele assumira o corpo de um pato cujo bico era muito afiado. Tendo chegado ali, ele imediatamente engoliu Krsna. Ao verem que Krsna fora devorado pelo pato gigantesco, Balarama e os outros meninos ficaram quase que inconscientes. Krsna, que era o pai do Senhor Brahma, mas agia como filho de um vaqueiro, tornou-se como o fogo, queimando o interior da garganta do demônio, e Bakasura imediatamente expeliu-o.


A o ver que Krsna, embora tendo sido engolido, não estava machucado, o demônio logo voltou a atacar Krsna com seu bico afiado. Quando Krsna viu que Bakasura, um raksasa enviado por Kamsa, procurava atacá-lo, com seus braços ele agarrou as duas metades do bico de Bakasura, e na presença de todos os vaqueirinhos, Krsna facilmente bifurcou-o, assim como uma criança parte uma folha de grama.

Pelo fato de ter matado o assustador raksasa, Krsna satisfez a todos os cidadãos dos céus. Naquele momento, os cidadãos celestiais, habitantes do sistema planetário superior, derramaram sobre Krsna, flores cultivadas em Nandana-kanana. Eles também congratularam-no, vibrando tímbares e búzios celestiais e oferecendo orações. Vendo isso, os vaqueirinhos ficaram admirados.


Assim, quando Krsna livrou-se desse perigo, todos os meninos, incluindo Balarama, pensaram que sua vida ressurgira. Eles abraçaram Krsna e então reuniram seus Bezerros e regressaram a Vrajabhumi, onde brados anunciaram o incidente.